quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Dorme bem, meu menino

Minha ultima postagem nesse blog foi em 2010, quando você nem sequer pensava em existir. Para mim a família já estava com sua configuração final. Um casal de filhos lindos e saudáveis. O que mais eu poderia desejar?
Mas não, eu não sabia de nada, eu sequer imaginava que você estava lá, esperando apenas uma oportunidade para nos escolher. E  daí você veio, sem pedir, assim, como quem chega chutando a porta, sem medo, intenso, avassalador.
Então, para comemorar minha decisão de reativar esse espaço com o firme propósito de não deixar as lembranças serem levadas pelo vento, eu resolvi te escrever. Peço desculpas pela péssima qualidade literária, mas quanto ao amor, ai, só Deus sabe como ele transborda de mim a cada segundo que penso em você.

Quando a noite vem

Demorei para entender, para aceitar,
Que quando a noite vem levando o calor do sol
Seu corpo, sempre quente, chama pelo meu
Que quando o silêncio da escuridão toma o seu lugar
Seu corpo pede para me escutar, um suspiro, um chiado, um pulsar
E então você chega, choroso, assustado com o mundo tão gigante perto de sua pequenice
Mas assim, ao primeiro toque, ao primeiro olhar,
O silêncio enfim, retoma seu lugar
E você finalmente pode voltar a sonhar
Nos braços de quem você sempre quer estar




 

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