sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E do silêncio fez-se o pranto

As crianças estão no rio... há duas semanas.
Nem preciso falar a dor que me acompanha desde então. Novamente me remeto ao paradoxo do post anterior. Fico tão feliz em saber que eles estão bem, que estão se divertindo junto aos avós tão carinhosos e dedicados que eles tanto amam. Mas ao mesmo tempo, e isso eu não posso negar, me bate um egoísmo vergonhoso, que me faz querê-los aqui perto de mim... mesmo sabendo que na maior parte do tempo eu não estarei presente.
Não é a primeira vez que ficamos longe. As férias no Rio são bem comuns desde que a Lua fez cinco anos. Mas não tem jeito, impossível me acostumar à ausência deles. Nada me consola. Nem poder dormir até tarde , coisa que eu tanto amo e pouco consigo, ameniza a minha angústia.
Felizmente eu ando bem ocupada nesses últimos tempos. Estou super centrada na minha monografia, e aproveito esse momento de solidão para me dedicar aos estudos, uma ótima forma de desviar o meu pensamento e acalmar o meu tão apertado coração.
Graças a Deus as férias estão acabando. Logo o silêncio atordoante da minha casa se transformará em todos os tipos de ruídos imagináveis. Logo não mais poderei tirar os sapatos e deitar no sofá da sala, sem nenhuma preocupação na cabeça. E como eu estou feliz com isso!!! Como eu amo ser mãe e ter meu tempo de folga integralmente ocupado por aquelas criaturinhas barulhentas.
Mas por enquanto nada me resta senão ficar chorando escondida pelos cantos, senão passar pela porta do quarto deles e desviar o meu olhar, como se isso pudesse de alguma forma afastar a falta que eles me fazem.

Eu que tanto priorizei a minha liberdade, agora sinto na pele o que é ter um passarinho criando asas. A gente pode até tentar apará-las, mas elas crescem novamente. Ainda bem.

PS: O Pedro perdeu o primeiro dentinho. Meu Deus, ele tem apenas cinco anos recém completados! Eu quero meu bebê de voltaaaaaaaaaaaaa!!!!

Um comentário:

renata penna disse...

ai ai ai ai ai!!
fiquei aqui só pensando em qdo for a minha vez... o máximo q já passei longe das meninas foi uns três dias, quando elas foram pra praia com a minha mãe. quinze dias?? afe. nem consigo imaginar...